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A empresa de cursos extracurriculares Pró-Kids fechou uma parceria com a consultoria esportiva Fity para aplicar em suas atividades o método VI-VA, que prioriza a evolução motora de crianças.

A metodologia, desenvolvida pelo professor Luiz Rigolin, responsável pela Fity Consultoria e autor do livro “Analfabetismo Motor”, vai ao encontro de uma necessidade moderna da formação infantil. A tendência atual é que crianças não desenvolvam de forma adequada sua coordenação motora, trazendo dificuldades para a execução de habilidades básicas, como andar, correr e pular.

“Mesmo as crianças que estão em programas esportivos têm déficit motor. O VI-VA está conectado aos problemas e às causas do analfabetismo motor”, comentou o professor.

De acordo com Rigolin, a principal causa desse problema está ligada ao uso excessivo das tecnologias. Os aparelhos eletrônicos afastam as crianças das atividades físicas e de exercícios praticados ao ar livre.

A falta de conhecimento e de tempo dos pais e responsáveis, a superproteção, a violência das cidades e o sedentarismo adulto, que influencia crianças a ficarem paradas, também foram mencionadas pelo especialista como causas do analfabetismo motor.

“Entre as consequências podemos citar a falta de coordenação para executar mais de uma habilidade motora de uma vez, lesões advindas da inabilidade de realizar movimentos básicos, dificuldade de realizar atividade física e praticar esportes, aumento de problemas crônicos, como obesidade e diabetes, e também pode influenciar o desenvolvimento sensorial e cognitivo”, comentou o professor.

Além disso, o analfabetismo motor pode trazer empecilhos para a fase adulta, já que não há desenvolvimento adequado da coordenação para realizar movimentos básicos do cotidiano.

Aplicação

O fundador da Pró-Kids, Leonardo Andreatti, notou que o número de analfabetos motores tem crescido e muitos educadores físicos não têm a capacitação técnica necessária.

“Notamos a necessidade de fazer um trabalho de desenvolvimento motor, por causa da dificuldade das crianças de fazer algumas atividades. O trabalho é feito dentro das escolas para oferecer um desenvolvimento físico saudável”, explicou Andreatti.

A empresa já atua em mais de 60 escolas do Grande ABC e está ampliando suas atividades para a cidade de São Paulo.

O livro “Analfabetismo Motor” faz parte do projeto e é uma espécie de cartilha para os pais com dicas e adaptações que podem ser feitas na vida da criança, visando diminuir a incidência do analfabetismo motor.

O método VI-VA se responsabiliza pelo trabalho de formação dos professores por uma plataforma de Educação a Distância (EAD). Assim que estiverem preparados, eles são submetidos a uma avaliação e, caso a nota seja acima de sete, a escola pode aplicar a metodologia.

Uma bateria de exercícios para melhorar o desenvolvimento motor e a coordenação das crianças também é entregue para ser aplicado em aula. A fase final é avaliar os alunos e entregar um relatório de como foi a evolução motora ao longo de seis meses.

“O VI-VA é o nosso trabalho mais importante, porque não é apenas um método de treinamento, são várias etapas”, comentou Luiz Rigolin.